domingo, 14 de julho de 2013

Trust no one


Querido leitor,
Foi meio sem querer, mas acabei entrando numa vibe conspiratória e agora não sei como sair.


Não sei muito bem como começou, a primeira lembrança que tenho é O Livro do Amanhã.
Com uma produção gráfica meio breguinha e uma baita enrolação, o livro do amanhã, dentro da história, demora umas 100 páginas pra aparecer e nem é tão importante assim. Vai ver foi isso que me deixou decepcionada, não que eu tivesse expectativas. Eu julgo um livro pela capa, e essa capa me deixou bem neutra, porém, quando o título é "O Livro do Amanhã", a gente espera que, no enredo, o tal do livro do amanhã seja imprescindível. E nem é culpa dos brasileiros que inventam títulos nada a ver, o nome original é The Book Of Tomorrow. Tirando essa pequena incoerência, a história de Tamara Godwin e seus segredos de família é interessante e conseguiu me prender até o fim.

Falando em prender, o que me fez ficar enclausurada na cama durante seus 10 incríveis episódios, foi Orphan Black. A nova produção da BBC America conquistou críticos e telespectadores de todos os cantos e, quem sabe os velhos da academia. Emmys à caminho? Estou torcendo, principalmente para Tatiana Maslany, que, não vou entrar em detalhes, mas se desdobrou em muitas (:x) e merece ao menos uma indicação.

Tatiana, que fazia a Sarah de Being Erica♥, interpreta Sarah Manning. Sarah presencia o suicídio de uma mulher igualzinha a ela no metrô, leva embora sua bolsa e passa a assumir sua identidade. A série tem um ritmo muito bom, o que torna difícil parar de assistir até para suprir necessidades fisiológicas. É uma boa história de ficção científica que começa com pequenas dimensões e toma proporções mundiais. Fora o enredo, há muitos personagens interessantíssimos e... tô com medo de dar spoilers, então vou parar por aqui. Só sei que é a melhor coisa que comecei a ver em muito tempo.
Dica: Depois de ver tudo em maratona, ouça esse podcast divertidíssimo dos Seriadores.

Depois eu fui no cinema assistir Truque de Mestre (Now You See Me), onde nada nem ninguém é o que parece. Às vezes os truques parecem meio forçados, por serem verdadeiras super produções impossíveis de prever em cada detalhe, mas ok. Os 4 cavaleiros são muito carismáticos e fodões, conquistam a gente rapidinho. Eu achei que deixariam pontas mais soltas para uma possível sequência, mesmo assim, a mágica parece não ter acabado.

E para terminar lindamente a onda conspiratória em que me envolvi, assisti os 6 episódios da primeira temporada de Utopia. Não falei "lindamente" por falar, a produção da série é muito bonita, eles utilizam cores bem vivas se contrastando. Isso pode ser observado desde o primeiro frame e no começo de cada episódio com imagens do céu, ou de uma plantação de xxxx (não é spoiler, eu não sei, mesmo). Fora isso, a violência também me lembra um pouco de Tarantino.

Os seis episódios me pareceram uma temporada regular de doze, essa sensação é dada à completude (não achei uma palavra menos PNC) do enredo. O season finale deixa dúvidas se haverá uma nova temporada, pois valeria como series finale, mas ficam ganchos bem interessantes para continuar, espero que volte.

Essa é ainda mais difícil de descrever preservando os segredos da história, o que posso dizer é que de tudo o que descrevi nesse post, é a produção mais conspiratória. A gente nunca sabe em quem acreditar, ou por quem torcer, entretanto, não é confusa assim como parece, é bem coerente. Para o caro leitor ter uma ideia do que trata, tudo se desenrola em volta do manuscrito de um misterioso graphic novel criado por um cientista no manicômio, e que parece ter uma história mais real do que se espera. Uma história de conspiração governamental que pode afetar o futuro da humanidade. Linhas aparentemente paralelas vão se cruzando ao longo da temporada, até tudo ficar claro. Mesmo depois do fim, ainda tenho a sensação de estar perdendo algo.

0 comentários:

Postar um comentário