sábado, 15 de junho de 2013

Modernidade Líquida

UM LIVRO SOBRE O NOVO, O VELHO E O TRANSITÓRIO
"Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar"



   A frase acima é de Zygmunt Bauman, sociólogo nascido na Polônia em 1925, presenciou a Segunda Guerra Mundial, foi militante na instauração do Socialismo em seu país e viu o regime chegar ao fim; é um dos pensadores contemporâneos que mais têm produzido obras que refletem sobre os “tempos modernos” e escreveu o singular “Modernidade Líquida”.    O livro, publicado em 2001, se dedica a seguinte questão:
O que se deve fazer com os velhos conceitos? Devemos reformulá-los na tentativa de encaixá-los na segunda modernidade? Ou devemos enterrá-los de vez?
Bauman descreve e analisa as mudanças ocorridas com a chegada desse novo tempo de constantes transformações sociais, tempo este que batiza de modernidade líquida. O termo procura figurar a fluidez tão característica do que apelidamos, segundo ele, erroneamente, de pós-modernidade. Essa fluidez metaforiza o estágio presente da era moderna, esse estágio onde o tempo e o espaço deixam de ser concretos e absolutos para serem líquidos e relativos. O livro é dividido em cinco capítulos (Emancipação, Individualidade, Tempo/Espaço, Trabalho, Comunidade), cada um deles dedicado a um importante tópico dentro dessas mudanças com subtítulos apresentando discussões mais específicas.
            O conceito de modernidade líquida é compreendido em sua totalidade e além de apresentar sua visão sobre os fenômenos sociais, Bauman utiliza uma gama de referências de grandes nomes, de diversos campos epistemológicos, como: Foucalt, Marx, Durkheim, Aristóteles, Orwell, entre outros.  O texto não tenta convencer o leitor de seu ponto de vista, as referências expõem diversas hipóteses e opiniões, dando espaço para uma reflexão do próprio leitor. Uma nova revisão do livro a fim de possíveis melhoramentos é inclusive sugerida pelo autor.
            Tratando de um assunto relevante e muito próximo a nós, a obra é importante para formar um pensamento crítico e menos alienado a respeito da modernidade. O livro inicia-se com uma rápida contextualização histórica a respeito do período anterior a essa modernidade líquida, assim, é possível enxergar uma linha do tempo e, a partir das diversas teorias, tirar suas  próprias conclusões sobre o presente e o futuro da sociedade. Sem direcionamento de público muito específico, é indicado a interessados não só na vida política e social,  bem como, em uma importante abordagem a respeito da modernidade que nos cerca.

Modernidade Líquida
Zygmunt Bauman 
258 páginas
Zahar

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